O Início
Desde pequena, Larissa Montenegro, natural de Recife, Pernambuco, demonstrava grande interesse pela área da saúde. Filha de um técnico de enfermagem e uma professora de biologia, ela cresceu cercada por livros médicos e discussões sobre doenças e tratamentos. Durante o ensino médio, participou de uma feira de ciências onde apresentou um pequeno software de análise de sintomas, o que despertou seu interesse pela interseção entre tecnologia e saúde. Ao ingressar no curso de Engenharia da Computação na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), decidiu aprofundar seus conhecimentos em inteligência artificial aplicada à medicina. Mesmo sem muitos recursos, Larissa dedicava suas noites a estudar machine learning, absorvendo tudo o que podia para um dia criar algo inovador.
O Projeto
A ideia surgiu quando seu pai compartilhou a dificuldade dos profissionais da saúde em diagnosticar doenças raras precocemente. Inspirada pelo desafio, Larissa começou a desenvolver um sistema de IA capaz de identificar padrões em exames laboratoriais para auxiliar no diagnóstico precoce de doenças como câncer e infecções graves. Sem acesso a equipamentos avançados, ela utilizou dados abertos da área da saúde e treinou os modelos no computador da biblioteca da universidade. Para validar sua IA, apresentou o projeto a um grupo de professores da UFPE, que a orientaram sobre ajustes necessários. Durante um hackathon voltado para tecnologia na saúde, seu sistema chamou a atenção de uma startup local, que ofereceu suporte técnico e infraestrutura para que Larissa pudesse testar sua automação em um ambiente controlado.
O Reconhecimento
O desempenho do sistema foi tão promissor que um pesquisador renomado da área de bioinformática recomendou Larissa para o processo seletivo da FIA Awards, que ocorre semestralmente e submete os projetos a rigorosas avaliações. A análise envolveu segurança dos dados, precisão dos diagnósticos e tempo de resposta da IA, além de um período de monitoramento de três meses para validar os resultados em condições reais. O comitê avaliador da FIA Awards destacou a inovação do projeto e a capacidade da IA de melhorar significativamente a precisão diagnóstica na medicina preventiva. Após passar por todas as etapas, Larissa foi selecionada como vencedora e recebeu o reconhecimento que mudaria sua trajetória.
Após a premiação, Larissa Montenegro ganhou destaque no setor de tecnologia médica. Com o suporte de novos investidores, conseguiu transformar seu projeto em uma ferramenta acessível para clínicas e hospitais públicos, ajudando médicos a identificarem doenças rapidamente. Hoje, sua IA já foi implementada em mais de 30 unidades de saúde pelo Brasil e continua a ser aprimorada. Seu trabalho não só revolucionou o setor diagnóstico, mas também serviu de inspiração para outros jovens brasileiros que desejam unir tecnologia e impacto social.